Prosseguir a luta, desenvolver a acção e iniciativa política, reforçar o Partido

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A Direcção Regional do Alentejo, reunida no dia 11 de Novembro, debateu a situação social e política, a luta dos trabalhadores e das populações, o reforço do Partido a acção e a iniciativa política na região.

 A Direcção Regional do Alentejo, reunida no dia 11 de Novembro, debateu a situação social e política, a luta dos trabalhadores e das populações, o reforço do Partido a acção e a iniciativa política na região.

Ao contrário do que o governo PSD/CDS apregoa e a comunicação social dominante amplia, Portugal e o Alentejo, continuam a ser atingidos por uma política que continua a gerar desemprego, precariedade laboral, empobrecimento, fome e miséria.

Como o PCP tem sublinhado, trata-se de uma política que promovida alternadamente por PS, PSD e CDS, ao longo de quase quatro décadas, conduziu o País ao desastre nacional e o interior, como é o caso do Alentejo, ao crescente despovoamento.

Os sucessivos cortes do Orçamento do Estado, na educação, na saúde, nos apoios sociais, têm degradado de forma deliberada o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social Pública, Universal e Solidária, têm impedido que o Poder Local Democrático exerça inteiramente o seu papel ao serviço das populações com a intromissão e tentativa de limitar a sua autonomia com o espartilho legislativo, com os sucessivos cortes nas transferências do OE, limitando a sua capacidade de acção e realização ao serviço das populações.

Nesta acção continuada, ainda que agravada nos últimos três anos, PS, PSD e CDS são os principais responsáveis.

Se por um lado o PS, finge nada ter a ver com a situação alijando responsabilidades, mas disponibilizando-se (tal como fez com a chamada reforma do IRC beneficiando as grandes empresas) a negociar com o governo a reforma do IRS, por outro lado, o PSD e o CDS acenam com a cenoura das promessas para a seguir confiscarem a horta toda.

Uns e outros instrumentos do grande capital, executantes da política de direita, são os responsáveis pela situação a que o Alentejo chegou: drástica redução demográfica; envelhecimento populacional; desemprego; baixos salários e pensões; precariedade laboral; degradação e redução dos serviços públicos.

A DRA do PCP sublinha, que não basta mudar de caras, retocar a imagem com mais ou menos “maquilhagem” escondendo os compromissos com o grande capital, porque o centro do problema reside nas opções políticas de classe e isso eles – PS, PSD e CDS – já revelaram estarem presos de pés e mãos aos interesses do grande capital

A ruptura com a política de direita, o pôr fim ao ciclo vicioso da alternância entre PS e PSD, com ou sem CDS-PP, tornou-se num imperativo nacional.

A DRA do PCP valoriza e saúda a luta dos trabalhadores da administração central e local, dos professores, enfermeiros e médicos em defesa dos serviços públicos, pelas 35 horas de trabalho, contra a precariedade e os cortes nos salários e pensões e pelo seu aumento, contra o aumento dos descontos para a ADSE.

A DRA do PCP saúda também a luta dos trabalhadores do sector privado em defesa dos postos de trabalho, pelo aumento geral de salários onde se inclui o salário mínimo nacional, e da população alentejana em defesa dos serviços públicos e apela a uma forte participação no dia 13 de Novembro – Dia de indignação, acção e luta com a realização de plenários e paralisações em diversas empresas da região, na semana de 21 a 25 de Novembro com a participação na Marcha Nacional pela demissão do governo, a convocação de eleições, e uma política alternativa, com expressão em cada uma das sub-regiões do Alentejo.

A DRA do PCP apela ainda ao desenvolvimento da luta popular em defesa do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, da Segurança Social Pública, Universal e Solidária, pela concretização das obras do IP8, IP2 e IC1, sendo prioritário o troço entre Alcácer e Grândola e pela reposição dos transportes ferroviários nas linhas e ramais recentemente encerrados. 

Portugal e o Alentejo, precisam de uma política patriótica e de esquerda e essa necessidade e possibilidade está nas mãos, na vontade, na acção e na luta dos trabalhadores e do povo, dos democratas e patriotas, de todos aqueles que sinceramente querem romper com a política de direita.

Na construção e concretização da política patriótica e de esquerda, o Partido Comunista Português - força de Abril, portador de um programa para uma Democracia Avançada, os valores de Abril no futuro de Portugal, força da luta pela ruptura e a mudança – é indispensável e insubstituível.

O reforço orgânico, social, político e eleitoral do PCP, o aumento da sua capacidade de acção e intervenção política, o desenvolvimento da luta das massas populares, a unidade dos democratas e patriotas são fundamentais para o inevitável caminho de ruptura e de mudança. 

Valorizando a intensa acção e iniciativa política do Partido no Alentejo, designadamente a campanha nacional que decorre sob o lema “ A força do povo, por um Portugal com futuro, uma política patriótica e de esquerda”, a DRA do PCP, apela a todas as organizações do Partido para que prossigam a acção política e de massas, ligando-se mais aos trabalhadores e ao povo, conhecendo mais e melhor os seus problemas e aspirações, organizando a sua luta.

A DRA do PCP apela ainda a um forte empenhamento colectivo e individual na campanha de fundos para a aquisição do terreno da quinta do Cabo que decorre sob o lema “ Avante com a campanha – Mais espaço – Mais festa – Futuro com Abril”, e para a necessidade de um forte envolvimento na concretização da acção de contactos, actualização de dados e aumento da militância.

 

A DRA do PCP, consciente que o caminho de materialização e consagração do Cante Alentejano como património imaterial da humanidade, vai prosseguir, saúda desde já o povo alentejano pela deliberação da Comissão Técnica da UNESCO.

 

11 de Novembro de 2014

 

A Direcção Regional do Alentejo do PCP