Comunicado sobre a situação da PT em Beja

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A Coordenadora Regional de Empresas e Sectores Profissionais de Beja do PCP promoveu uma acção de contacto com os trabalhadores da PT em Beja. O PCP acompanha com atenção e profunda preocupação os acontecimentos dos últimos dias dos quais resultou a intoxicação de diversos trabalhadores que tiveram que receber assistência hospitalar. O PCP irá intervir por todos os meios ao seu alcance para que sejam apuradas as causas e todas responsabilidades desta situação assim como na defesa da saúde, dos salários, dos postos de trabalho e da dignidade de todos os trabalhadores.

 

 

Na sequência dos acontecimentos ocorridos durante o fim-de-semana de 14 e 15 de Novembro, que levaram à evacuação do edifício onde funciona o Call Center da PT em Beja devido a sintomas de intoxicação dos trabalhadores e que se repetiram no dia 17 de Novembro, o PCP, através dos deputados João Ramos e Rita Rato do seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República, dirigiram as seguintes perguntas ao Governo, através do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social:


 

1.Tem o Governo conhecimento da situação?

 

 

2.Confirma o Ministério que a ACT acompanhou este problema de falta de condições de higiene e segurança no Call Center da PT em Beja? Se sim, quais as conclusões da ação inspetiva?


 

3. Qual a razão da intoxicação dos trabalhadores e quem são os responsáveis?


 

4. Confirma o Ministério que as instalações do Call Center da PT em Beja estão encerradas? O que determinou que não fossem encerradas logo na primeira ocorrência, levando a novas vítimas de intoxicação?


 

5.Está garantido o acompanhamento da situação de saúde de todos os trabalhadores afetados?


 

6.Estão garantidos os pagamentos dos salários e de todos os direitos dos trabalhadores enquanto o edifício permanecer encerrado?

 

Enquanto se aguardam as respostas a estas perguntas reabriu o Call Center da PT no dia 25 de Novembro. Um dia depois, os trabalhadores tornaram a sofrer os mesmos sintomas de intoxicação que levaram ao encerramento do Edifício.

O PCP considera esta situação totalmente inaceitável!

À precariedade dos vínculos, à instabilidade dos horários, ao regime de trabalho intensivo e extremamente desgastante, aos baixos salários e às incertezas que envolvem o futuro da própria PT, soma-se agora uma situação que põe em causa a saúde agravando ainda mais as condições de trabalho dos trabalhadores do Call Center da PT.

 

O PCP, no quadro da sua acção pela defesa da PT e dos seus trabalhadores, acompanha esta situação com especial atenção, solidarizando-se com os trabalhadores vítimas deste problema e continuará a intervir de todas as formas possíveis pelo total esclarecimento das responsabilidades, e pela preservação e defesa dos direitos à saúde, aos salários e à dignidade dos trabalhadores do Call Center da PT em Beja.

 

Beja, 26 de Novembro de 2014