O Sistema Agrícola em Portugal e no Alentejo em particular tem sofrido um conjunto acentuado de alterações, das quais se destacam, pela sua relevância, a alteração do regime de produção com o crescimento das áreas de produção contínua intensiva e superintensiva de culturas permanentes, de que são exemplo o olival e o amendoal, e a concentração da propriedade com o aumento da área média das explorações agrícolas.

O PCP define os sentidos de voto com base numa avaliação séria e aprofundada do alcance e efeitos de cada proposta. No caso da proposta de alteração, apresentada pelo Bloco de Esquerda, ao Programa Nacional de Regadios que o Governo incluiu no Orçamento do Estado para 2020, por um lado, a mesma não é dirigida ao Regadio do Perímetro de Rega do Alqueva ou por outro lado, às culturas Intensivas e superintensivas em concreto. Trata-se de uma proposta genérica dirigida à prática de monocultura, que a ter sido aprovada resultaria em implicações nas mais diversas regiões e produções do país, como seja o caso da vinha, pomares e outras culturas diversificadas fundamentais e necessárias de que damos com exemplo a Região demarcada do Douro.

Como é habitual e histórico no Bloco de Esquerda e nos seus partidos fundadores, o PCP é o foco e o alvo político da sua ação. O PCP detém um longo historial de intervenção em defesa do Alentejo, de combate às culturas intensivas e superintensivas no Alqueva e, ao contrário do Bloco apresentámos neste orçamento do estado uma proposta de alteração dirigida às culturas intensivas e superintensivas que foi rejeitada.