Nos últimos dias sucederam-se por parte de responsáveis do Partido Socialista (PS) reações sobre as deliberações que as assembleias municipais de Beja e Castro Verde tomaram, rejeitando as propostas das respetivas câmaras sobre a agregação dos serviços e a entrega da gestão das águas a uma empresa. Isso que transformaria a água num negócio, aumentaria substancialmente as tarifas na maioria dos municípios envolvidos, criaria perturbação na situação laboral dos trabalhadores envolvidos e daria novos passos no caminho da privatização, quer seja a direta quer seja a indireta.
Em 3 de Junho deste ano, o PCP chamava a atenção para uma nova tentativa do PS e de alguns dos seus eleitos, aproveitando uma maioria conjuntural em câmaras municipais do distrito, em abandonar a gestão da água em baixa entregando-a a uma empresa, visando a transformação da água num negócio e criando condições para a sua privatização.
O PCP alertou para as consequências deste processo com destaque para o aumento significativo dos preços, a extinção da EMAS, a perturbação laboral para os trabalhadores envolvidos e denunciava que o processo estava a ser conduzido sem ter em conta a posição de órgãos autárquicos, sendo de realçar que as Assembleias Municipais de Beja e Castro Verde tinham aprovado em Fevereiro de 2018 recomendações às respetivas Câmaras Municipais para que mantivessem a gestão da água sobre a sua responsabilidade.